Formação econômica de Goiás
Goiânia, Editora Oriente, 1978

Coletânea de ensaios escritos entre 1975 e 1977 que trata de temas da economia goiana, estendendo-se, ainda, aos aspectos demográficos, regionais e sociopolíticos elucidativos do processo de formação do Estado. Por seu caráter global, constitui leitura informativa, de interesse a toda e qualquer pessoa que habita na região Centro-Oeste.

 

Uma introdução à história econômica do Centro-Oeste do Brasil
Goiânia, Editora da Universidade Católica de Goiás, 1988

Análise abrangente no tempo (século XVIII até os anos 1980), da formação da economia do Centro-Oeste, situando a região dentro do contexto da economia do país e de outros, como parte de um processo econômico mais amplo do capitalismo brasileiro e mundial.

 

Memórias de Niquelândia
1a edição: Brasília, SPHAN Pró-Memória, 1985

História de Niquelândia: do Julgado de Traíras ao Lago de Serra da Mesa
2a e 3a edições: Brasília, Editora Verano, 1998 e 2002

Ensaio em catorze capítulos sobre a região de Niquelândia e do Julgado de Traíras, o mais opulente da capitania de Goiás, extinto bem como outros arraiais e hoje sob as águas da usina de Serra da Mesa, uma das maiores do país. Diversos estudos abrangendo a região desde o século XVIII até 2002.

 

Notícia geral da capitania de Goías (2vol.)
1a edição: Goiânia/Brasília, Editoras UCG e UFG / Solo Editora, 1997
2a edição: Goiânia, Instituto Casa Brasil de Cultura, 2011

A mais antiga história conhecida do Planalto Central, resgatada pelo autor nos arquivos da Biblioteca Nacional e nos do Ultramarino de Lisboa. O primeiro volume contém a história dos arraiais, fazendas e lavras no limiar da decadência aurífera, além da descrição geográfica da capitania e das estradas coloniais. O segundo volume publica diversos relatos de época até então desconhecidos. Ambos os volumes são precedidos por estudos referenciais de Paulo Bertran.

 

História da Terra e do Homem no Planalto Central:
Eco-história do Distrito Federal
1a edição: Brasília, Solo Editora, 1994
2a edição: Brasília, Editora Verano, 2000
3a edição: Brasília, Editora da UnB, 2011

Obra em dezoito capítulos, abrangendo o Planalto Central, desde a geo-história e a formação do Cerrado até a pré-história, os indígenas e, depois, o bandeirismo, os descobrimentos auríferos do século XVIII, arraiais, minas, sesmarias e estradas coloniais. Estuda a toponímia eco-histórica do Distrito Federal, a ruralização da sociedade e da economia, diversos relatos de vaigantes do século XIX e as primeiras propostas de interiorização da capital do país até 1850.

 

Cerratenses – poesia
Brasília, Editora Verano, 1998

Reflexões e intuições de Paulo Bertran sobre a navegação da vida nos Campos Gerais do Cerrado. Sua poesia curva-se sobre si mesma e em si reconhece o tempo univalve, inteiro, total como um marisco ou um fruto. E avança na direção onde o recuo à origem não cessa de aprofundar-se em busca de restituir o imaginário que é seu e do homo cerratensis (expressão cunhada pelo autor), iluminando as tantas figuras de uma odisseia, que ascendem à dinastia de um arcaísmo de sertão e cerrado. Sertão em que os deuses evadiram-se, mas deixaram pegadas, ou talvez os deuses ainda aqui existam, mas diferentes de como os imaginamos. Por não conhecê-los, não os reconhecemos. Sua poesia é aberta, geral, imortal.

 

Goiás: 1722-2002
Edição bilíngue: Goiânia, AGEPEL/Governo de Goiás, 2002

Coletânea organizada por Nasr Chaul e Paulo Bertran que busca suprir a lacuna de uma obra global sobre o Estado, mas que contemplasse também suas partes regionais, sem se uma tese universitária ou obra ficcional. Tem sentido mini enciclopédico, de fácil leitura. Dividida em duas partes: a primeira trata de temas gerais – geologia, cerrado, pré-história e história, sociologia, economia; a segunda, das memórias regionais – os quatro pontos cardeais de Goiás. Estes são também acrescentados de relatos sobre suas regiões diferenciadas, como a Chapada dos Veadeiros, os Pirineus, a Cidade de Goiás – Patrimônio da Humanidade, além de textos de Carmo Bernardes.

 

Cidade de Goiás, patrimônio da humanidade – origens
Goiânia/Brasília/São Paulo, Editora Instituto Rizzo, Editora Verano, Editora Takano, 2004.

Álbum com textos do autor e fotografias de Rui Faquini, discorrendo em sete capítulos sobre a história, a economia social, política e cultural da antiga capital Vila Boa de Goiás (Goiás Velho), desde a fundação até os anos 1930. É marco da conquista do título de Patrimônio da Humanidade para o povo goiano. Estão registradas aqui as maravilhas e riquezas da cultura e da história de Goiás. Desde o homem pré-histórico milenar, passando pelos índios e as bandeiras que vieram em busca do ouro, depois a formação da cidade com sua sociologia (miscigenação, repressão, irmandades religiosas, instalação de governos, prisão, forca), o autor amplia o conteúdo histórico e faz uma descrição comentada dos usos e costumes (festas, culinária, música – ópera italiana e a goiana, a modinha brasileira, a educação), além de noticiar sobre poetas, escritores, as condições de um artista no século XVIII e a força do homem do Cerrado, o cerratense, termo cunhado por ele. Finalizando livro, o autor analisa a mudança da capital e sua correlação com as mudanças do Rio de Janeiro para Brasília e Ouro Preto para Belo Horizonte. Com fotografias de rara beleza, este livro alia texto e imagem de forma especial e fundamental para a compreensão da história do Grande Oeste brasileiro.

 

Memorial das Idades do Brasil (em coautoria com Graça Fleury)
Brasília, Editora Verano, 2004

Esta pequena obra contém, resumidamente, os fundamentos da história geológica, da eco-história dos Cerrados e da pré-história brasileira que nortearam a criação do Memorial das Idades do Brasil, museu a céu aberto em Brasília-DF. Serve também como uma síntese daquelas áreas de conhecimento, além de guia para os visitantes deste lugar especial e para todos aqueles que se interessem pela arte rupestre brasileira. Em co-autoria com Graça Fleury.

 

Palmeiras de Goás, primeiro século
Goiânia, Editora Kelps, 2005

Coletânea idealizada e organizada por Paulo Bertran em comemoração ao centenário desta cidade. Em um texto introdutório, simplesmente genial, Bertran contextualiza o surgimento do antigo Povoado do Alemão dentro da penetração do sertão pelos bandeirantes, analisando até a polêmica que envolve a passagem do Anhanguera pelo Rio dos Bois. Também conta com a participação de colaboradores ilustres, cada qual ligado a Palmeiras por vínculos peculiares. Obra finalizada por Graça Fleury, post mortem.

 

Sertão do Campo Aberto
Brasília, Editora Verano, 2007

Devem estar uns trinta anos de poesia geral e, ao organizar o livro, uma meia dúzia de assuntos pediram para se ligar em entidades meio eletivas e meio quânticas, que vêm a ser os capítulos deste livro, subdividido em quatro tomos. No primeiro, minhas viagens, reais ou metafóricas, sem abdicar do centro à mão. No segundo, minha vida de historiador, profissão insalubre por conviver com tantos mortos, ademais com a disciplina da verossimilhança. Por isso temperei com bastante sexo, para me distrair, e não a você – leitor curioso e voluptuoso. No terceiro, minha vida de fazendeiro, meu encontro com a natureza do Cerrado e tudo o mais que me rendeu em nuvens e ares a fazenda do Assombrado. No quarto e último capítulo do livro, acolhi minhas afeições, muitas quase castas. No fim do livro, depositei três apensos de poemas para pessoas também sensíveis à natureza e às literatícies, como eu próprio. As ilustrações que escolhi para o libro são de Gustavo Doré, velho artista francês do século XIX que meu avô deu-me a conhecer e que ainda estão aí, como relíquias transversais da minha livraria e da minha vida. Bem-vindo, caro e voluptuoso leitor, à minha intimidade e nudez. Paulo Bertran. Obra finalizada por Graça Fleury, post mortem.